Início Arte e Cultura por Adriana Sorgenicht Teixeira MCB: readequação aos 50

MCB: readequação aos 50

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Em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, que em 2020 celebra seu cinquentenário, reorganiza sua programação, suspende o 34º Prêmio Design e disponibiliza conteúdo digital. 

Frente ao cenário atual, a premiação voltada a design de produtos e trabalhos escritos foi suspensa em 2020. A edição 2021 do Prêmio Design está mantida. “É um projeto de fundamental importância para a instituição e para o universo do design. Ele será retomado no próximo ano, com a normalização das atividades do museu”, comenta Miriam Lerner, diretora geral do MCB.

A MCB adapta seu conteúdo para o digital, disponibilizando diversos materiais em sua campanha #MCBemcasa e na plataforma de streaming #CulturaEmCasa. Entre os conteúdos lançados, há visita virtual, playlists, artigos e atividades em suas redes sociais, com atualizações diárias.

MCB readequação aos 50

O Prêmio Design MCB é realizado desde 1986, sendo a mais tradicional do segmento no país. Ele revela talentos e consagra profissionais e empresas. O Prêmio é dividido em dois momentos principais: o Concurso do Cartaz e, em seguida, a premiação dos produtos e trabalhos escritos.

O MCB recebe criações nas categorias: Construção, Transporte, Eletroeletrônicos, Iluminação, Mobiliário, Têxteis, Utensílios e Trabalhos Escritos. Como resultado, o Museu realiza uma mostra com os vencedores e selecionados de cada categoria da edição. A exposição fica em cartaz por cerca de dois meses.

MCB readequação aos 50

O imóvel no cruzamento das avenidas Faria Lima e Cidade Jardim foi construído para abrigar a residência de Fabio da Silva Prado, prefeito de São Paulo entre 1934 e 1938, e sua mulher, Renata Crespi Prado.

O espaço é o único do país que se dedica a realizar exposições de arquitetura e design brasileiros. Além de abrigar um tradicional evento de música erudita, sempre aos domingos.

O casal Prado viveu ali entre 1945 e 1963, ano em que o ex-prefeito morreu. Cinco anos depois a viúva doou a mansão à Fundação Padre Anchieta com a condição de que fosse usado para fins culturais.

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Além de ter um acervo com objetos de design e arquitetura, como poltronas e outros móveis, o museu se tornou uma referência em história do design no país. Criado em 1970 com a denominação de Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, recebeu o nome atual em 1971 por sugestão de Sérgio Buarque de Holanda. O projeto arquitetônico é de Wladimir Alves de Souza.

No segundo andar da construção da década de 1940 há uma exposição permanente de parte do patrimônio do casal que ali viveu, aberto ao público desde 1996. São móveis dos séculos XVII a XX, além de objetos em cobre e esculturas em bronze.

Entre as peças expostas estão também fotografias, talheres, louças, quadros de Cândido Portinari e Di Cavalcanti, além de um busto de Renata Crespi esculpido pelo modernista Victor Brecheret, sem contar diversas telas e litografias que resgatam o perfil da elite paulistana dos anos 40 e 50.

Fontes: Folha de São Paulo, SP Turis e Museu da Casa Brasileira

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