No final de junho, o Ministério de Turismo do Uruguai iniciou uma das suas metas para a promoção do turismo LGBT no país. A live, comandada por Mario Pacheco e Loli Arana, teve mais de 15 mil interações e mostrou que esse segmento estará na lista de prioridades do órgão de turismo do país.
Uma das metas da Secretaria de Turismo para o quinquênio será “desenvolver e promover produtos e serviços turísticos para o coletivo LGBT+”, adiantou o Ministro de Turismo, Germán Cardoso. Segundo ele: “apostaremos na ampliação e diversificação da oferta a esse segmento. Necessitamos estimular o desenvolvimento de propostas especializadas que nos permita fortalecer o posicionamento regional e crescer no mercado internacional”, acrescentou o assessor do Ministério, Oscar Iroldi.
O estímulo e o trabalho relacionados com a iniciativa privada para a diversificação da oferta de entretenimento, como a especialização no turismo de bodas ou até o desenvolvimento de Festas do Orgulho, formam também parte da agenda. “Necessitamos trabalhar com todo o setor turístico que aposta no crescimento do mercado LGBT no país”, enfatizou Iroldi.
Uruguai é um exemplo pela atenção e respeito a todas as pessoas e seus direitos, elementos que valeram o reconhecimento internacional e sua capacidade de atração como o destino de turismo LGBT latino-americano melhor ranqueado.
Desde suas raízes, o Uruguai é uma nação com forte vocação democrática, aberta, anti-discriminatória e integradora. No começo do século XX, por exemplo, o Uruguai promulgou uma legislação avançada em reconhecimento dos direitos laborais e sociais.
Na atualidade conta com leis contra o preconceito, a favor da mudança de sexo registral, de união concubinária, adoção, matrimônio igualitário e de inclusão da população trans.
Posicionamento mundial no turismo LGBT
No informe anual de 2020 de Spartacus Traveler, o guia de turismo LBGT mais importante do mundo, o Uruguai ocupou o 5º lugar no ranking global como destino friendly e seguro para esse segmento devido ao trato e sua avançada normativa contra a discriminação.
Já em abril de 2015, Montevidéu foi considerada a cidade mais amistosamente gay do continente. Em seguida vieram outros destinos como Buenos Aires, Rio de Janeiro, Cidade do México e Guadalajara, segundo a publicação especializada Sentido G.
No Uruguai, vivem mais de 300 mil pessoas aproximadamente da coletividade LGBT e no mundo se espera que o segmento ajude a recuperar a reativação do setor.
“Desde a International Gay and Lesbian Travel Association (IGLTA), asseguram que os turistas da comunidade são leais e com uma alta predisposição a viajar, ainda depois do Covid-19, expressou o CEO da Spartacus Traveler”, John Tanzella.
Predisposição para viajar
Segundo a pesquisa realizada pela IGLTA com 14.658 pessoas identificadas como membros da comunidade confirma-se a tendência.
Dois terços (66%) dos pesquisados globais disseram que se sentiriam cômodos de viajar novamente por prazer antes do final de 2020 – entre setembro e outubro, enquanto 34% o fariam em 2021.
Do total de pesquisado quase a metade (46%) disse que os tipos de destinos que ele escolhe visitar não mudariam depois que a situação do coronavírus fosse resolvida, refletindo um alto grau de lealdade ao destino em meio às incertezas.
Enquanto 25% indicou que ainda estavam indecisos, somente ao redor de 29% disseram que poderiam mudar suas opções de destino.
Quanto as projeções para os próximo seis meses, os pesquisados mencionaram realizar certas atividades e em alguns casos escolhem mais de uma opção: 57% gostaria de fazer uma viagem nacional de lazer, enquanto 29% planeja uma viagem internacional. No entanto, 34% permaneceria em casa e 48% iria a um hotel ou resort nacional.
Dos que decidem sair de casa, o fariam para assistir algum evento particular ou um festival da comunidade (33%) ou fariam viagem em excursão (21%), visitariam um parque (20%) ou fariam um cruzeiro (13%).