A principal companhia aérea do mundo durante várias décadas vai voltar a operar. E o melhor: seu primeiro voo sairá do Brasil. O retorno da Pan Am – Pan American World Airways é resultado de investimentos de um grupo de empresários e tem como objetivo resgatar alguns conceitos que foram abandonados ao longo do tempo pela aviação.
“Vamos retornar com as atividades até dezembro nos moldes em que a companhia foi criada. Iremos atender aviação executiva e viagens de luxo, com aviões Kombi. São modelos 747 da Boeing que carregam carga e passageiros e, por isso, são maiores, oferecendo mais espaço e melhores acomodações”, afirmou Maurinei Santos, membro do Conselho Executivo e Diretor de Operações Globais do grupo.
A ideia de trazer a Pan Am de volta, segundo o executivo, faz parte de uma filosofia diferente de atuar no setor de aviação.
“Não vamos entrar no mercado apenas para competir com preços. Vamos oferecer o que a Pan Am sempre disponibilizou para seus clientes: conforto e qualidade. O passageiro vai de classe econômica se sentido como se estivesse na executiva. Vai pagar um pouco mais caro, mas poderá viajar mais tranquilo. Será um serviço intermediário, que não existe hoje”, explicou o diretor de operações.
A volta da Pan Am acontece num momento bastante difícil para o setor, mas segundo Maurinei, isso foi intencional. “Enquanto todas as empresas estão em busca de empréstimos para sobreviver, nós vamos mostrar que temos capacidade de atuar na aviação com qualidade e preço, com nossos próprios recursos”, afirmou, deixando o e-mail para que quiser entrar em contato: [email protected].
A história da Pan Am é recheadas de fatos relevantes. À empresa foram creditadas muitas inovações que deram forma à indústria das companhias aéreas no mundo todo, como a utilização em larga escala e difundida de aviões a jato, a criação do Jumbo (Boeing 747) e do sistema de reservas computadorizado. “Santos Dumont inventou o avião e a Pan Am aperfeiçoou”, dizia Juan Trippe, fundador da companhia.