Com todas as mudanças potencializadas pela pandemia, o mercado de luxo foi um dos mais afetados. De acordo com o relatório da 19ª edição do Estudo de Luxo da Bain & Company, a queda no turismo causada pelas políticas de isolamento social e fechamento de fronteiras mudaram a forma como, quando e por que se compram produtos de luxo.
O distanciamento também afetou as vendas on-line, dobrando de 12% em 2019 para 23% em 2020. A estimativa é que o on-line seja o canal principal para compras de luxo até 2025.
A demanda dos consumidores por ações com propósito e impacto social está crescendo e as marcas de luxo devem demonstrar compromisso real e sustentável com a diversidade, inclusão e sustentabilidade.
Este foi um dos apontamentos do relatório da 19ª edição do Estudo de Luxo da Bain & Company. Além das questões ambientais e de sustentabilidade, a diversidade e a inclusão vieram à tona em 2020. As gerações Y e Z – que devem impulsionar 180% do crescimento do mercado de 2019 a 2025 – colocam uma ênfase sem precedentes no combate à injustiça social e racial. Esses consumidores “ativistas” buscam marcas que se alinham com sua visão e desejo.
“Em 2030, essa indústria será drasticamente transformada. Não falaremos mais sobre a indústria de luxo, mas sobre o mercado de excelência cultural e criatividade insurgente. Neste novo espaço ampliado, as marcas vencedoras serão aquelas que constroem sobre sua excelência existente enquanto reimaginam o futuro com uma mentalidade insurgente. Os players de luxo precisarão pensar com ousadia para reescrever as regras do jogo”, completa Federica Levato, sócia da Bain & Company e coautora do estudo.