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Empresários do turismo em Brotas investem R$ 27 milhões em obras

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Empreendimentos voltados para a atividade turística deram uma pausa no funcionamento por causa da pandemia, mas projetos de ampliação e reestruturação de atrativos foram tirados do papel e transformaram Brotas, a capital nacional do turismo de aventura, em um canteiro de obras. Os investimentos do setor privado superam os R$ 27 milhões.

O levantamento considera projetos executados a partir do período inicial das restrições de combate à Covid-19. De melhorias como reformas, obras e ampliações até o início de novos empreendimentos, o setor manteve, mesmo com a retração na demanda, o otimismo já comprovado de que a retomada, gradual, manterá a cadeia turística aquecida no destino, que tem agradado assim a uma parcela crescente dos viajantes à procura de espaços abertos e de natureza.

Ao notar que o seu público preferia permanecer nas dependências de seu empreendimento, Fabio Ferreira, proprietário do Ecoparque Cassorova, decidiu investir também no ramo hoteleiro. O empreendimento, que tem alta procura por turistas que querem conhecer a cachoeira e praticar a tirolesa, oferece também apartamentos de alto padrão voltados para casais.

“Percebemos que havia uma demanda por este público. Por isso, criamos um conceito que alia conforto ao contato com a natureza, em um ambiente intimista. A ocupação total dos leitos fica dentro da margem permitida na retomada e tem acontecido todo final de semana. Construímos 12 apartamentos, mas ao final das obras do projeto, em 2023, serão 33 unidades”, explica Ferreira.

A ampliação do número de leitos para comportar a demanda também está entre os principais investimentos do Hotel de Natureza Areia que Canta, que no seu projeto de adequações revitalizou o bar do hotel e a sala de massagem.

Empresários do turismo em Brotas investem R$ 27 milhões em obras

Atividades

Outro ecoparque que deu início a uma série de obras e projetos é o Recanto das Cachoeiras. Nesse caso, o foco, de acordo com o proprietário Rodrigo Saldanha, são os atrativos para o cliente que faz o day use.

Além da trilha com visita às cachoeiras, a piscina de borda infinita e um espaço que remete a um oásis, o empreendimento contará também com nova piscina, spa e bar molhado. Mas uma das atrações que promete despertar a curiosidade do turista é um toboágua com uma queda de 130 metros.

Já a Fazenda Girassol, muito visitada por pessoas que querem fotografar os campos floridos, amplia os atrativos com a construção de praia artificial, espaço infantil e pista de stand-up.

Novos negócios

Enquanto a atividade turística apresentou resultados pessimistas já esperados para o período, Brotas passou a ser o endereço de empresas que abriram as portas em plena pandemia.

Contêiner, sucata e um toque de modernidade dão a cara à nova paisagem em uma das curvas da estrada do Patrimônio, na rota das cachoeiras. É lá que foi instalada a Pousada Campeira, empreendimento que estará em operação total a partir do segundo semestre.

Segundo o proprietário Filipe Hortenci, o investimento terá o conceito de resgatar raízes e memórias afetivas. “Desde a sustentabilidade até o café coado na hora, a água servida em pote de barro e a fogueira. Este e outros detalhes são a proposta para uma imersão na natureza com um toque de aconchego”, explica.

Rafting, um dos atrativos mais desejados pelo turista, teve a oferta ampliada com uma nova operadora. A Brotas Rafting também iniciou as atividades durante a pandemia, no mês de setembro.

“Nos contatos que temos com a rede de serviços turísticas, tomamos conhecimento de muitos projetos de ampliações e reformas nos espaços de convívio social, leitos, além da rede de bares e restaurantes. O turista que vem a Brotas com frequência certamente encontrará um novo cenário, inclusive nos investimentos que o setor público promoveu no Parque dos Saltos, na Casa das Máquinas, Lagoa Dourada, Represa do Patrimônio e Centro de Artes. Com as melhorias que serão feitas em breve na Estrada do Patrimônio, a rota das cachoeiras, os valores investidos vão chegar assim perto dos R$ 23 milhões”, conclui Fabio Pontes, secretário de Turismo.

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