O intercâmbio é uma parada obrigatória na vida acadêmica e/ou pessoal de muitos jovens brasileiros. Um sonho que foi interrompido nestes dois últimos anos de crise sanitária no mundo, mas que volta a ser possível novamente aos poucos. E para você que ainda pretende fazer sua viagem, Mario Aguilar, consultor de educação internacional e CEO da GLED International Education, separou algumas dicas para um intercâmbio de sucesso.
Tempo de Preparação
Um dos grandes segredos quando se pensa em Educação Internacional é o tempo de preparação. O ideal para garantir uma viagem tranquila e bem planejada é começar a pensar nos detalhes com dois ou três anos de antecedência. Mas, infelizmente, quase nenhuma família faz isso.
“Quando a ideia é um Intercâmbio tradicional de Ensino Médio, o High School, por exemplo, em que o estudante viaja com 15 ou 16 anos de idade, o correto é que os pais comecem a se preocupar com isso quando ele estiver ainda no Ensino Fundamental, por volta dos seus 12,13 anos. Esse é o melhor momento, até para que a família e o estudante tenham tempo suficiente para escolherem com calma a melhor opção de destino, instituição, de logística etc”, explicou o consultor.
Fluência é fundamental
O intercâmbio não pode ser visado como uma oportunidade para aprender uma nova língua, mas sim como uma forma de aprofundar todo o conhecimento que o estudante já tem daquele idioma, melhorando a pronúncia, aumentando ainda mais o vocabulário, vivenciando as gírias e hábitos de linguagem, além de toda a experiência de viver a cultura de um outro país.
Segundo os neurolinguistas norte-americanos, o estudante precisa de 450 horas, em média, para sair da posição de iniciante básico e conseguir chegar à fluência do inglês, por exemplo. Isso indica que se o aluno estudar todos os dias por pelo menos 30 minutos, ele vai ter a retenção satisfatória do vocabulário em um período de cerca de dois anos e meio.
“Ser fluente vai facilitar a aprendizagem do estudante e o entrosamento com os colegas; melhorar as notas no curso e aumentar as chances de novas oportunidades de estudo no exterior, além de melhorar toda a experiência da viagem. A fluência pode determinar o sucesso ou o fracasso desse investimento”, acrescentou Mario.
Bolsas de Estudo
Assim como em qualquer instituição particular de ensino no Brasil, nos países estrangeiros também existem programas de bolsa de estudo. O que muda são os tipos de bolsa de acordo com a faixa etária e o nível de ensino.
As bolsas para o Ensino Médio Norte-Americano são mais difíceis de serem obtidas e geralmente são esportistas, ou seja, para jovens atletas. Já as bolsas de Ensino Superior são mais acessíveis porque usam como critério as notas do candidato no Ensino Médio e provas admissionais. Então, se a bolsa de estudo é um caminho para realizar o sonho do intercâmbio, a melhor dica é muito estudo e muita pesquisa para encontrar as melhores oportunidades.
Para Mario Aguilar acima de qualquer dica está a dedicação do estudante desde o início do processo. “Ânimo, desejo, vontade e iniciativa são ingredientes fundamentais também. Levem a sério, planeje, estruture-se para a viagem, e esta experiência transformará a sua vida!”, finaliza.