O setor de eventos corporativos e sociais é responsável por mais de 4% do PIB brasileiro e foi uma das áreas mais impactadas pela covid-19. De acordo com a Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), a expectativa é de que 590 mil eventos sejam realizados até o final deste ano no país.
Por conta da vacinação em massa da população, em que mais de 80% dos brasileiros já tomaram a segunda dose, aliada à adoção de protocolos de biossegurança por parte das empresas que oferecem um ambiente cada vez mais seguro, vivemos um momento de retomada dos eventos tanto sociais como corporativos.
Cumprindo a missão de promover projetos de sucesso, em março a marca Villa Blue Tree, que tem uma área de 6 mil m² e capacidade para receber cerca de 5 mil pessoas em um único encontro, cresceu 70% na receita de vendas de eventos presenciais em comparação com o mesmo período do ano passado. E para maio a agenda já está lotada.
O mercado está voltando e é nítido que os resultados obtidos em 2019 podem ser alcançados em breve. Por exemplo, em março superamos em 30% as vendas levando em conta os números do ano pré-pandemia.
Isso é reflexo de uma demanda reprimida, da flexibilização dos protocolos de segurança e do trabalho de muito êxito de toda a equipe. Para atender com maestria essa retomada e oferecer novas oportunidades de espaços, lançamos o Blue Tree Transatlântico Convention Center, que tem área de 1.800 m² com restaurante, bar, 12 salas modulares, auditório, salão, entradas independentes e a possibilidade de atender mais de 1.500 pessoas simultaneamente.
Por outro lado, para onde vão os encontros on-line? A pandemia acelerou alguns processos que estavam previstos para acontecer em um horizonte de cinco a dez anos. As empresas precisam sempre estar de olho no futuro e, por isso, os eventos virtuais e híbridos vieram para ficar.
Porém, ainda vejo um mercado de eventos presenciais muito movimentado, pois as pessoas necessitam se relacionar e fechar negócios com aquele tradicional aperto de mão. Me arrisco a dizer que teremos um equilíbrio, em que o on-line e o presencial estarão unidos e trazendo novas possibilidades, agradando diversos públicos e quebrando limitações físicas.
Desta forma, os encontros presenciais de negócios ganham vida com corredores cheios e um público ávido para consumir novidades e voltar a se reencontrar. Mas ainda considero que é muito cedo para determinar os resultados de todo o ano de 2022.
Vale ressaltar que enfrentaremos consequências da Guerra da Rússia e Ucrânia, juros elevados e que inibem os investimentos das empresas, aumento de custos por conta da inflação, eleições nacionais e instabilidade econômica. Adiciona-se a isso o fato de as organizações estarem mais rigorosas nos critérios de aprovação dos investimentos em eventos, pensando nos custos versus benefícios.
Ainda assim, penso que esse cenário de retomada chegou para reforçar que o caminho até o topo será longo, mas já avançamos muitos degraus e vamos continuar subindo.