Você já parou para pensar em como a comunicação corporativa mudou nos últimos tempos? Tanto gestores quanto colaboradores transformaram a maneira de trocar informações, seja pessoalmente ou por ferramentas digitais.
A consultoria VRS Academy, que participou desse processo através de treinamentos e cursos de comunicação corporativa para mais de 100 empresas, completou 9 anos de existência em maio de 2022. Para fazer um balanço do que aconteceu nesse tempo, a fundadora Vivian Rio Stella relacionou as 9 principais mudanças da comunicação empresarial nos últimos 9 anos.
Crescimento do trabalho remoto ou híbrido
O avanço das tecnologias de comunicação possibilitou o crescimento dos modelos remotos e híbridos de gestão. “Até poucos anos atrás, era necessário passar o tempo todo em um posto físico, com horários definidos. Nos últimos anos, houve a ampliação de uma cultura de gestão híbrida e remota”, avalia a especialista em comunicação.
Maior uso de ferramentas on-line de comunicação
“A comunicação entre a equipe se limitava a telefone, e-mail e reuniões presenciais, enquanto hoje há uma proliferação imensa de ferramentas de gestão remota, que já existiam, mas não eram tão utilizadas, como Mondays, Teams, Slack, Evernote e WhatsApp”, enumera Vivian.
Reuniões remotas
Como as equipes passaram a dominar o uso de ferramentas digitais de comunicação, é cada vez mais comum portanto a realização de reuniões remotas, sem que gestores e colaboradores precisem se locomover para um único local. “Se antes era uma loucura encontrar uma sala física para a reunião, hoje a loucura está em encontrar um horário na agenda para as reuniões remotas”, brinca a empresária.
Corresponsabilidade
“Esse modo diferente de gerir as empresas impactou nas competências demandadas, nos temas e nos formatos dos cursos que são solicitados para nós. Nesse cenário, as corporações saíram do modelo de gestão de controle de presença, horários e tarefas para um modelo de mais colaboração, corresponsabilidade e autonomia, em que o tema de cultura de aprendizagem tem assim mais espaço”.
Cultura de aprendizagem
As organizações passaram a valorizar mais a cultura de aprendizagem e o conceito de lifelong learning, que ressalta a importância do aprendizado contínuo. Além da demanda por aperfeiçoar as técnicas de comunicação corporativa, há um interesse genuíno de absorver melhor as informações.
“As empresas têm valorizado mais os temas de humanização, empatia, escuta, o que consequentemente possibilitou que incluíssemos mais repertórios sobre ‘aprender a aprender’, que já faziam parte da nossa cultura organizacional”, explica Vivian. “O público está mais participativo, há uma maior cultura de aprendizagem. Por isso, temos adesão quando enviamos material prévio para leitura antes dos cursos e treinamentos. Depois dos eventos, enviamos materiais completos, com informações e dicas práticas”.
Dinamismo
Esse maior interesse no aprendizado mudou a percepção de muitos gestores e colaboradores, que estão mais receptivos a treinamentos dinâmicos. “Nós da VRS sempre apostamos em formatos mais criativos, que não se limitam à exposição dos conteúdos, mas nos últimos anos tivemos mais espaço para incluir as inovações em cursos e treinamentos. Fomentamos diálogo e colaboração com rodas de conversa, vivências e ferramentas como Team Building, jogos interativos e clubes de leitura. Podemos utilizar referências anedóticas mais lúdicas, como gifs e memes”.
Vozes diversas nas redes sociais
Segundo a especialista, as redes sociais também ampliaram o alcance da comunicação de gestores e colaboradores. “Houve um sair de dentro dos muros da empresa para expor suas mensagens fora. Isto é, há mais vozes diversas atuando dentro e fora das corporações, entre porta-vozes de marcas, multiplicadores e influenciadores internos. Assim, também foi gerado um aumento nos podcasts de empresas e lives relacionadas”, explica.
Diversidade e inclusão
Essa ampliação de vozes diversas e influenciadores internos transformou o próprio quadro de recursos humanos: “Mais vozes implicam em maior diversidade e inclusão nas organizações. Hoje, há uma preocupação maior nas empresas em incluir a presença de etnias diversas, pessoas portadoras de deficiência, LGBTQIA+, maior porcentagem de mulheres em cargos de liderança… É algo que já víamos acontecer, porém de modo menos massivo”.
Sustentabilidade e responsabilidade social
Outro aspecto que transformou a comunicação é a maior responsabilidade social e ambiental por parte das empresas. “Hoje, as organizações não se limitam à reciclagem de resíduos, e podemos aliar nossos eventos à doação de mudas de plantas e ações sociais, por exemplo. É uma preocupação que sempre tivemos como pequena empresa, e agora percebemos um olhar mais atento presente também nas grandes corporações”, conclui Vivian.