Entre os palestrantes do segundo dia de Conotel – Congresso Nacional de Hotéis 2022, esteve Guilherme Mercês, diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que apresentou o tema “A cadeia turística e hoteleira como pilar propulsor da economia e inovação”. Em sua palestra destacou os rumos e as dificuldades do mercado de turismo, em especial da hotelaria, no período pós pandemia.
Para o executivo, os desafios do setor são enormes diante de um cenário internacional conturbado, que ao seu ver tem reflexos diretos na economia do país, e de uma crise econômica com inflação próxima a 10%. “Há uma preocupação que a indústria do turismo vem enfrentando no mundo todo no periodo pós pandemia.
”Não resta dúvida de que há um cenário bastante instável e conturbado na Europa, em função da guerra na Ucrânia, além da alta do petróleo e redução na oferta de matérias primas. Tudo isso reflete não apenas na economia, mas na indústria do turismo e, consequentemente, na hotelaria e toda sua cadeia produtiva”, explicou.
Segundo o diretor de Economia e Inovação da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o cenário obriga que todos tenham muita atenção nas variações de preços no mercado, pois eles refletem na demanda e no faturamento das empresas. ”Todo esse panorama tem consequências na demanda e nos preços. Daqui pra frente, será preciso aprender a conviver e lidar da melhor possível com essa instabilidade de preços e juros altos”, ressaltou.
Guilherme Mercês ainda lembrou a importância de um bom planejamento estratégico, pois diante de toda essa situação, qualquer decisão equivocada pode ter um efeito muito mais devastador e impactante no que se refere a resultados. “Isso comprova o que digo. Veja, por exemplo, a crise energética mundial e como ela afeta inúmeros países. Penso que no Brasil, esse problema é menos atenuante em função, principalmente, do potencial das hidrelétricas, mas ainda assim é uma questão que traz muita preocupação e que deve levar o empresário a buscar uma redução de custos”.
