Um bom estímulo para refletirmos sobre nosso setor são as comemorações do 42º Dia do Hoteleiro, no dia 9 de novembro, que homenageia todos os empreendedores e profissionais que atuam na indústria de hospitalidade. É uma oportunidade, também, de parabenizar esses guerreiros incansáveis, responsáveis por um setor fundamental para o turismo brasileiro, além de fazermos um balanço das conquistas e objetivos para poder assim pensar nos próximos passos que poderão estimular o segmento no país.
Ao longo dos seus 86 anos, também comemorados no 09 de novembro, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional vem trabalhando por medidas que estabeleçam um ambiente de negócios justo para a hotelaria, estimulando assim os empreendedores independentes do país a investirem em todas as potencialidades de nosso negócio, gerando crescimento econômico e levando mais emprego e renda para população.
De acordo com os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), em setembro, o turismo foi responsável por cerca de um em cada cinco novos empregos do setor de serviços – atividade econômica que mais contratou no período – com destaque para os segmentos de alojamento e alimentação, com mais de 18 mil vagas formais no mercado de trabalho.
Para o setor de hotéis, o Carnaval de 2022 marcou o início desse processo de retomada e as taxas de ocupação caminharam, ao longo do ano, para os níveis pré pandemia. Mas eis a questão: se por um lado, o processo de retomada está consolidado, por outro, fica a pergunta: ter como meta atingir os mesmos números de três anos atrás é suficiente?
Observar os índices de chegada de turistas internacionais nos dá um panorama sobre o crescimento do setor. No início dos anos 2000, recebíamos cerca de 5 milhões de visitantes estrangeiros. No ano de 2010, o Brasil teve 5,16 milhões de chegadas internacionais. Em 2019, portanto antes da pandemia, quase 20 anos depois, recebemos 6,62 milhões de viajantes vindos de outros países.
Nesse sentido, lembro que em março de 2019, o governo federal liberou a necessidade de vistos para turistas dos EUA, Austrália, Canadá e Japão. É preciso mensurar esses resultados a fim de definirmos os próximos passos, como por exemplo, de que forma investir mais na divulgação de nossos destinos nesses locais ou como liberar a exigência para outros países.
Agora, nossa atenção deve estar voltada para a continuidade e desenvolvimento do que foi conquistado. Sendo assim, continuaremos empenhados em estabelecermos, junto aos parlamentares eleitos, metas de curto, médio e longo prazo, onde iniciativa privada, governos, as Câmaras Legislativas e os Poderes Executivos e Judiciário trabalhem em sintonia para responder com mais agilidade às mudanças de um mercado que tem como uma das principais características o dinamismo.
Precisamos definir o que queremos para o turismo brasileiro nos próximos anos. Como iremos incrementar nossos índices, estimulando a chegada de turistas internacionais e investindo no turismo interno. Se quisermos um futuro próspero, precisamos continuar a pavimentar caminhos que promovam o desenvolvimento e o bem-estar dos brasileiros, o que só é possível com a promoção de um bom ambiente de negócios para os empreendedores desse país.