O cantor e compositor Alceu Valença acaba de ganhar uma homenagem muito especial. Um dos seus maiores sucessos, La Belle de Jour, dá nome a um vinho produzido na região do Tejo, em Portugal. E por uma vinícola fundada no século XIV.
O rótulo – criado especialmente para o artista e importado e distribuído pela Wine Concept Brasil – já pode ser degustado pelos brasileiros desde o dia 15 de agosto.
O vinho é resultado da parceria entre Alceu Valença, a Wine Concept e a Quinta da Atela. A vinícola foi fundada em 1346 e hoje pertence a um dos maiores grupos industriais de Portugal, o ValGrupo.
“A estratégia da Wine Concept, tanto no Brasil quanto em Portugal, tem sido a de garimpar vinhos de alta qualidade, com uma excelente relação custo-benefício e levá-los aos brasileiros”, explica Tavinho Vieira, sócio da empresa. “Queríamos homenagear Alceu com um produto muito especial e isso nos levou à Quinta da Atela, uma vinícola com 677 anos”, complementa.
Inicialmente criada sob o nome de Quinta da Goucha, no século XIV, a Quinta da Atela concentra-se na produção vitivinícola com castas de elevado potencial. Principalmente, aquelas adaptadas ao solo e ao clima da região, transmitindo aos vinhos a melhor da essência das vinhas e do terroir. No total, são 580 hectares, onde o cultivo das vinhas ocupa uma área de 130 hectares.
O La Belle de Jour chega nas opções tinto, branco e rosé. A criação ficou a cargo do conceituado enólogo português Antônio Ventura. “Pedimos a ele que se inspirasse nas notas musicais de Alceu Valença para criar uma bebida com notas aromáticas tão apaixonantes quanto as canções do artista”, brinca Tavinho Vieira. O artista acompanhou todo o processo de perto. Sugeriu, inclusive, a arte do rótulo, uma bailarina, opinando ainda nas cores e no layout final.
Tavinho explica que a escolha dessa música para dar título ao rótulo tem, obviamente, a ver com o sucesso alcançado (uma das versões tem de mais 263 milhões de visualizações no Youtube, por exemplo), mas também diz que o “blend” de histórias sobre as musas inspiradoras da canção acaba dando um charme a mais. “Teria sido Catherine Deneuve, Jaqueline Bisset ou a bailarina da praia de Boa Viagem?”, provoca. A resposta pode estar na biografia do artista – “Pelas Ruas Que Andei”, do jornalista Julio Moura, recém-lançada pela CEPE.
Os vinhos
O La Belle de Jour tinto é obtido a partir do blend de uvas touriga nacional (30%), syrah (30%), castelão (20%) e alicante bouschet (20%), oriundo de uma vinha com cerca de 20 anos de idade. Apresenta uma cor rubi, aromas de frutas vermelhas maduras, notas de menta, com boca suave e taninos sedosos.
O La Belle de Jour branco é composto pelas uvas Fernão Pires (40%), arinto (35%), sauvignon blanc (15%) e gewurztraminer (10%). Produzido a partir de uma vinha com cerca de 20 anos de idade, instalada em solos arenosos de “charneca” pobres e bem drenados. Possui aroma que revela notas de frutas de polpa amarela, ligeiro, floral, algumas nuances de lichias, com um final fresco e equilibrado.
Já o La Belle de Jour Rosé foi obtido a partir de uvas castelão (100%) provenientes de uma vinha velha com 70 anos de idade e apresenta-se com cor salmão aberta, tem aromas elegantes de frutas vermelhas e pequenas bagas, com algumas notas frescas de menta, na boca tem excelente frescura e equilíbrio com acidez viva e final bem balanceado.