O governador do Pará, Helder Barbalho, assinou no dia 28 de setembro, durante o Global Citizen Festival, o decreto que oficializa a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes.
O local passa a ser portanto uma unidade de conservação de proteção integral que visa preservar santuários de árvores gigantes, incluindo a maior árvore da América do Sul, um angelim-vermelho de 88,5 metros de altura, localizada na Floresta Estadual do Paru, no norte do estado. Este é um marco histórico para a conservação da biodiversidade amazônica e a proteção de um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta.
A criação do parque é resultado de diversos estudos conduzidos pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Eles culminaram na consulta realizada em setembro, no Distrito de Monte Dourado. Na ocasião, a comunidade local foi ouvida sobre o projeto. O decreto eleva o status de proteção da área que abriga o angelim-vermelho gigante e outras árvores monumentais, que vinham sendo ameaçadas por desmatamento e garimpo.
A campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes, uma mobilização coordenada por diversas organizações da sociedade civil e setor privado, celebrou a assinatura do decreto como uma grande vitória para a conservação ambiental.
“A criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes é um passo essencial para garantir assim a proteção dessas árvores centenárias. E para consolidar o Pará como líder em iniciativas ambientais inovadoras. Nossa campanha deu voz à urgência da situação. Estamos orgulhosos de ver esse avanço”, afirmou Alexandre Mansur, diretor de projetos do Instituto O Mundo Que Queremos, organização que lidera a campanha.
Durante o Global Citizen Festival, em Nova York, o governador do Pará, Helder Barbalho, ressaltou a importância do decreto. “Daqui a um ano, o mundo se reunirá no Pará para a COP30. Este é o nosso momento de exigir compromissos ousados dos líderes globais – pela natureza, pelo clima e pela Amazônia. Mas a liderança começa com ação. No ano passado, neste palco, prometi criar 1 milhão de hectares de novas áreas protegidas até 2025. Hoje, tenho orgulho de anunciar 500 mil hectares de novas terras protegidas, nos aproximando desse objetivo”, anunciou o governador.
Santuário para a conservação e o turismo sustentável
Além de proteger as árvores de grande porte, o novo Parque Estadual das Árvores Gigantes também abrirá oportunidades para o desenvolvimento do turismo de natureza, pesquisa científica e educação ambiental. “O parque é um presente para o futuro do Brasil. Além da proteção do angelim-vermelho, ele criará um espaço de aprendizado e geração de renda para as comunidades locais por meio de atividades sustentáveis”, declara Angela Kuczach. Ela é bióloga e diretora executiva da Rede Pró Unidades de Conservação (Rede Pró UC), uma das organizações que apoia a campanha.
A Campanha #ProtejaAsÁrvoresGigantes continuará atenta aos próximos passos no processo de implementação e manejo da nova unidade de conservação. “Nossa missão agora é garantir que o parque seja devidamente gerido. E que as comunidades possam se beneficiar de sua criação de forma sustentável”, reforça Alexandre Mansur.
