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Dia do Hoteleiro: reflexões sobre o futuro da hotelaria nacional

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Em 09 de novembro, comemoramos o Dia do Hoteleiro e os 88 anos de atuação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional). Este dia não é apenas uma oportunidade para brindes e homenagens, mas também um momento crucial para realizarmos reflexões sobre a trajetória do setor e o futuro que estamos construindo para essa indústria essencial ao turismo, grande gerador de renda e oportunidades para nosso povo.

Ao longo das décadas, temos trabalhado incansavelmente para promover o turismo por meio de políticas públicas permanentes. Assim, todas as nossas atenções devem se concentrar na reforma tributária, que representa uma oportunidade única para modernizar nosso sistema, alinhando-o às novas práticas de comercialização de hospedagem e garantindo que estejamos em pé de igualdade com os principais destinos do mund

É significativo que, apesar de termos conquistado esse ano a permanência da hotelaria e de alguns segmentos do turismo no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), foi necessário um parecer da Comissão de Assuntos Econômicos sugerindo a inclusão na reforma tributária de uma redução de 60% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

A elevada carga tributária no Brasil explica por que, apesar de sermos um destino turístico diversificado, ocupamos a quinta posição no ranking da Organização Mundial do Turismo (OMT) entre os destinos mais visitados na América Latina em 2023, atrás do México, República Dominicana, Argentina e Colômbia, que aplicam o Imposto sobre Valor Agregado significativamente inferior à nossa carga tributária.

Acreditamos que qualquer reforma só será eficaz se não deixar para trás setores estratégicos como o turismo. Mais do que promover um relacionamento harmonioso entre a iniciativa privada e o poder público, é urgente formalizarmos um ambiente legislativo integrado a novas práticas e que possibilite o desenvolvimento de estratégias de longo prazo. Isso inclui investimentos em infraestrutura e atrações turísticas, criando um clima propício não apenas para atrair visitantes, mas para que eles se sintam encantados, retornem e recomendem nosso país como destino.

Não se deve ver a promoção da indústria de hotéis e turismo como uma concessão, mas como parte de uma estratégia robusta de Estado. Investir no turismo é investir em mais empregos, maior renda e no tão desejado desenvolvimento social inclusivo.

Artigo de Manoel Cardoso Linhares, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
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