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Grandes eventos movimentam a economia nacional

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Nos últimos anos, o Brasil passou por um período ímpar no que se refere ao cenário de grandes eventos. O país recebeu a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016), que movimentaram, cada um deles, R$ 30 bilhões a mais no PIB e mais de 200 mil trabalhos temporários, atraindo 3,7 milhões de turistas no país, segundo o Ministério do Turismo.

O cenário de grandes eventos se repete em relação à área musical, com o Rock in Rio, que na última edição, em 2017, movimentou R$ 1,4 bilhão no país, despertando interesse de produtoras a fazer outros grandes eventos nacionais, além de trazer outros shows internacionais ao país.

É um setor de enorme potencial, que busca criar, divertir, informar e, por consequência, gerar emprego e renda, além de movimentar a economia local e nacional, aproveitando tendências mundiais e a cultura regional como motivador de festas para fazer circular pessoas e dinheiro em um determinado período.

Assim também tem sido no meio do ano com as festas juninas, a exemplo de Campina Grande (PB). Na cidade, as comemorações duram 30 dias e recebem cerca de 2,5 milhões de visitantes por ano.

Festa Junina de Campina Grande

De acordo com informações do governo local, as festas geram faturamento de R$ 200 milhões e mais de 3 mil empregos temporários. Caruaru (PE), por sua vez, recebe aproximadamente 2 milhões de pessoas para a festa, que ocorre em todo o mês de junho em mais de 20 polos.

Dados do Ministério da Cultura apontam que o potencial de crescimento do setor de grandes eventos é fruto da diversidade cultural brasileira, que encontra poucos paralelos no mundo – é uma economia criativa, que tem resultados maiores que outros tradicionais (como o têxtil e o de eletroeletrônicos), sendo responsável por 2,65% do PIB.

Segundo Beatriz Oliveira, Head de marketing da Eventbrite, plataforma global de venda de ingressos e tecnologia para grandes eventos, o setor é grandioso e tem crescido potencialmente. Por isso, vem mudando o modo de oferecer seu produto para os consumidores.

“Mais do que sair para curtir um show, festival ou participar de grandes eventos corporativos, as produtoras estão também investindo e transformando shows e festas em experiências sensoriais e tecnológicas, movimentando diversos subsetores fornecedores, como tiqueteiras, credenciamento e pagamentos (pulseiras), transporte, logística, catering, segurança, entre outros”, lembra Beatriz Oliveira, Head de marketing da Eventbrite.

A repercussão econômica está atrelada à movimentação de dinheiro gerada com o aumento do turismo e maiores vendas no comércio, além de incremento na arrecadação de impostos.

“É mais gente circulando, consumindo e vivendo aquele lugar. O que é positivo para qualquer cidade mas, principalmente, para municípios menores, tendo em vista que o entretenimento costuma ser uma grande fonte de propagação e promoção local, devido ao compartilhamento de conteúdo naturalmente feito pelas redes sociais, que hoje é tão importante para as pessoas quanto para os empresários”, lembra Victor Carvalheira, um dos sócios fundadores da produtora de eventos que leva seu sobrenome.

Abertura das Olimpíadas 2016

Por isso, Beatriz, da Eventbrite, lembra que os benefícios locais podem ser diversos. Entre eles, a contratação de bens e serviços locais, como hotelaria, por exemplo.

“Há também a possibilidade de as cidades utilizarem as estruturas deixadas ou o mote do evento também para atrair visitantes. No Rio de Janeiro, a Vila Olímpica, por exemplo, foi transformada na Cidade do Rock”, exemplifica Beatriz Oliveira.

Aproveitando o potencial para realizar grandes eventos

Na opinião de Victor, o jovem (principal público dos grandes eventos) quer viver experiências diferentes, não só ir para shows. “Ele escolhe ir um festival por várias razões. Os produtos que estão envolvidos, as atrações, as marcas atreladas, as ideologias que oferece e apoia, o público que vai, o jeito que é tratado, a percepção da marca que apresenta, entre outros pontos. E é nisso que as empresas devem focar em vender. O trabalho vai muito além de um show, mas um momento que ficará na memória afetiva”, afirma.

Réveillon no Rio de Janeiro

Nesse sentido, Victor Carvalheira levará a Fernando de Noronha, o primeiro Réveillon com grandes atrações. Serão realizados passeios, line up de peso jamais visto no local, além de ações como coleta seletiva de lixo e passeios de barco. Tudo para que o turista possa viver um momento ainda mais especial, em um lugar naturalmente incrível.

“Noronha sempre foi um destino para o Réveillon, não pelo evento, mas pela beleza e natureza. Nós aproveitaremos o roteiro para transformar o momento em um roteiro também de entretenimento. Serão mais de 5 grandes festas, feitas com grande apoio logístico local e de parceiros, como a Eventbrite”, explica.

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