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A força do gaúcho e o repúdio ao veto presidencial: uma defesa do turismo e da responsabilidade solidária

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Em um ano de tantos desafios e mudanças, é importante refletirmos sobre a identidade de cada região do Brasil e o impacto que as decisões políticas têm sobre as comunidades e setores que movem nossa economia. Hoje, faço menção especial ao Dia do Gaúcho, comemorado no Rio Grande do Sul no dia 20 de setembro, que simboliza não apenas o orgulho de uma terra rica em cultura, história e tradição, mas também a garra e a resiliência típicas do povo gaúcho. Essas características nos inspiram a lutar por aquilo em que acreditamos e a não nos curvarmos diante de injustiças, especialmente quando afetam setores essenciais para o desenvolvimento do país, como o turismo.

A força do gaúcho e o repúdio ao veto presidencial uma defesa do turismo e da responsabilidade solidária

Nosso setor, representado por inúmeras entidades e associações, sempre desempenhou um papel estratégico no crescimento do Brasil, gerando empregos, movimentando economias locais e divulgando nossa diversidade cultural para o mundo. No entanto, fomos surpreendidos recentemente com o veto do presidente Lula ao artigo que tratava da responsabilidade solidária no agenciamento de viagens. Esse veto desconsidera a importância da proteção não só para os consumidores, mas também para as agências de viagens, que já enfrentam enormes desafios operacionais e financeiros.

A responsabilidade solidária, além de ser um conceito justo, oferece uma rede de segurança que garante assim que os direitos de todos os envolvidos nas operações de turismo sejam preservados. Esse princípio é um pilar fundamental para a manutenção da confiança e credibilidade em nossa indústria. Ao remover esse dispositivo, o governo coloca portanto em risco o equilíbrio das relações comerciais entre fornecedores, agências e clientes, prejudicando dessa forma a capacidade de recuperação de um setor que ainda sofre os impactos da pandemia e da recente desaceleração econômica.

Como gaúcha, sinto a necessidade de expressar minha indignação com essa decisão. O espírito combativo de nosso povo nos ensina a lutar por nossos direitos e a defender com afinco aquilo que julgamos ser o melhor para nossa sociedade. No caso específico da responsabilidade solidária, estamos falando de garantir que tanto as agências de turismo quanto os consumidores sejam protegidos de abusos, garantindo um ambiente de negócios equilibrado e justo.

A força do gaúcho e o repúdio ao veto presidencial uma defesa do turismo e da responsabilidade solidária

Em nome do Skål Internacional Brasil, em sinergia com outras importantes entidades do trade de turismo, reitero um chamado para que o diálogo seja reaberto e que o governo reavalie sua postura sobre esse veto. O turismo no Brasil precisa de apoio, de regulamentação sólida e de políticas que favoreçam a sustentabilidade do setor. O veto à responsabilidade solidária vai na contramão desse ideal, desamparando empresas e consumidores em um momento crítico de reconstrução. Portanto, aproveito esta data simbólica, o Dia do Gaúcho, para reafirmar nosso compromisso com a defesa dos interesses do turismo e para convocar nossos colegas do setor a se unirem nessa luta. Que possamos, com a força e a determinação típicas do gaúcho, mostrar ao governo que não aceitaremos medidas que coloquem em risco o futuro de um dos setores mais estratégicos para o desenvolvimento do Brasil.

O povo gaúcho nos ensina que não desistimos fácil. Lutamos por justiça, por nossos direitos e pelo futuro que acreditamos ser o melhor para todos. E é com essa mesma energia que o setor de turismo repudia o veto presidencial, exigindo que nossos líderes escutem as vozes daqueles que fazem o Brasil ser um destino mundialmente admirado.

Artigo de Vera Lucia de Camillis, presidente da Associação Mundial dos Profissionais de Viagens e Turismo – Skål Internacional Brasil
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