Apesar de os índices mostrarem uma redução da sazonalidade das viagens, com os dias do ano que não correspondem ao período de férias e feriados representando 30% das vendas, as férias de verão têm seu lugar de destaque e protagonismo nos planos das pessoas com a chegada da estação mais quente do ano, ficando com 21% das comercializações, seguida pelo Réveillon, com 14% das vendas até outubro.
Esse é o tema central do Boletim Mensal Braztoa, estudo realizado por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo e a UP Soluções, com o objetivo de gerar inteligência de mercado a partir de informações das associadas, que também trará os resultados das operadoras de turismo no mês de outubro.
Em outubro, 21% das operadoras superaram o faturamento da média histórica e 31% já ultrapassaram o patamar dos 50% desse índice, enquanto 48% ainda não alcançaram 50% do faturamento pré-pandemia.
Quando comparado ao mês de setembro de 2021, 93% das operadoras apontaram crescimento gradativo, mês a mês, o que mostra que o caminho de recuperação segue passos cautelosos, sustentáveis e firmes quando o assunto é manter uma curva ascendente.
Outros indicativos reforçam a linha evolutiva do setor, Pela primeira vez, desde o início do Boletim Mensal Braztoa, 100% das operadoras realizaram vendas para destinos internacionais. Além disso, em outubro, 73% dos embarques nacionais foram de novas vendas (em setembro esse índice ficou em 61,4%) e, no internacional, 72% dos embarques vieram de vendas novas (no mês anterior, esse indicador esteve em 62%), o que evidencia a resiliência e credibilidade das operadoras, entregando o contratado e com residual de remarcações de forma fluida.
Para 89% dos operadores, o ticket médio das viagens nacionais se manteve ou aumentou, enquanto no internacional, esse índice se manteve para 27% das operadoras, e aumentou em até 50% para 54% das empresas. “Os valores são frutos da flutuação da oferta e demanda, de forma geral, mas há outros fatores como inflação e câmbio, por exemplo, que afetam diretamente os preços. No nacional, o peso do aéreo na composição da viagem é maior e puxa esse ticket para cima, já no internacional, o câmbio e as vendas para grupos acima de 10 pax representando 25% das comercializações formam fatores determinantes nesse resultado”, disse Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa.