Início Arte e Cultura por Adriana Sorgenicht Teixeira Centenário do eterno João Cabral

Centenário do eterno João Cabral

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Em 2016, nossa fanpage nasceu em circunstâncias especiais: primeiro decanato de Libra e retorno da primavera. A temática do primeiro post – João Cabral de Melo Neto – veio a calhar para uma estreia em grande estilo. Além de ter sido uma enorme honra e alegria para nossa equipe.

O universo conspirou a favor. E não poderia ter sido mais oportuno o registro ao vivo da edição comemorativa de 60 anos de Morte e Vida Severina. O auto de Natal pernambucano é reconhecido como uma das mais importantes obras poéticas brasileiras, de João Cabral de Melo Neto (1920-1999). O artista, no último dia 9, teria completado cem anos de vida.

Na mesma noite, foi também lançada A Literatura Como Turismo. É uma coletânea de 83 poemas idealizada, organizada e comentada por Inez Cabral, filha do poeta, por quem fomos contemplados com um convite especial, dias antes, e recepcionados com calorosa deferência.

Ambos publicados pela editora Alfaguara, um dos selos da Companhia das Letras, na capital paulista, em setembro daquele ano, e que hoje relembramos com imenso orgulho e carinho (fotos de Milton Shirata).

CALENDÁRIO

A Literatura Como Turismo: lugares e “lugares”

A Literatura Como Turismo reúne parte de uma vasta produção de João Cabral de Melo Neto, ao longo de quase cinco décadas de carreira diplomática (cônsul, embaixador e conselheiro junto à ONU) na Europa, África e América do Sul.

Cabral inovou e revolucionou a literatura nacional, com estilo sólido, radical e rigoroso. E sua escrita, neste caso, está impregnada pela cultura e cenários dos países por onde passou, como Espanha (Sevilha e o flamenco, em especial, o fascinaram), Inglaterra, Suíça, Senegal, Equador e Honduras.

Inez e eu

A nota preliminar e os relatos biográficos de Inez Cabral, por sua vez, proporcionam experiência agradabilíssima. E uma verdadeira (re)descoberta do homem e do artista.

Os textos (de pai e filha) nos contextualizam e conduzem com sensibilidade e encanto a lugares e “lugares”, ao concreto e ao abstrato de sua obra, até o pleno entendimento sobre a escolha do título. Não por acaso o poema que inicia o livro.

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