A 19ª edição da Bienal Internacional do Livro no Rio de Janeiro está repleta de novidades, como sempre. Muitas editoras já anunciaram os principais lançamentos do ano.
Entre eles, a cultuada série O Bairro da Cripta, da Editora Pandorga. Ela narra as peculiaridades de um lugar estranho, repleto de gente estranha dada a estranhos e perturbadores costumes.
O carteiro é visto levando correspondência aos mausoléus e telegramas aos jazigos repletos de ossos. A obra é criação do escritor paulista M. R. Terci, referência nacional no gênero Horror e Dark Fantasy.
E já que o assunto é Bienal Rio 2019 – muito além de um mundo de histórias –, a pedido de nossa redação, Terci preparou uma lista de 5 lugares tidos como assombrados na Cidade Maravilhosa. Mas atenção, depois disso, você não vai querer ir lá sozinho.
Museu Histórico Nacional
O conjunto arquitetônico do museu pertencia originalmente ao Forte de São Tiago da Misericórdia e, posteriormente, à Prisão do Calabouço, depois à Casa do Trem, um depósito de armas e munições e, mais recentemente, ao Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro.
Localizado na Praça Marechal Âncora, possui acervo de 300 mil peças, entre manuscritos, iconografia, mobiliário, armaria, esculturas, indumentária, entre muitos outros itens, o correspondente a 67% do patrimônio museológico brasileiro.
Ali, contam-se muitas histórias sobre fantasmas. Entre todas, recebe destaque o som de um cutelo ou machado batendo, ocasionalmente, sobre um cepo de madeira.
Na Casa do Trem foi esquartejado o corpo de Tiradentes, após sua execução no Campo de Lampadosa, no final do século XVIII.
Fortaleza de Santa Cruz da Barra
Construída em 1555 por Nicolau Durand de Villegaignon, tinha como objetivo prover a segurança contra invasores. Além de assegurar melhores condições para o estabelecimento da França Antártica.
Desde a expulsão dos franceses em 1567, muita coisa aconteceu por ali, após o período em que a fortaleza serviu como presídio, no golpe militar de 1964, que surgiram as histórias assustadoras.
Lamentos, gritos de agonia e vociferações impregnadas de ódio advindas de celas vazias são comumente relatadas pelos vigias que temem ficar após o anoitecer.
Arco do Telles
Datado de 1743, marco histórico que resta da antiga residência da família Telles de Menezes, localizado na Praça 15 de Novembro, no Centro da cidade. Dizem que o local é assombrado por uma bruxa.
Bárbara dos Prazeres era uma imigrante portuguesa que teria nascido por volta de 1770 e morou num prédio próximo ao arco. Conta-se que matou o marido para se enrabichar com um negro e que, algum tempo depois, o matou também, incendiando a casa onde viviam.
Fugitiva da lei, tornou-se prostituta. Anos mais tarde, doente e muito velha, já não conseguia clientes. Segundo a crença popular, ela teria sido responsável pelo desaparecimento de algumas crianças, após ter se envolvido com magia negra para tentar rejuvenescer.
Campo de Santana
Parque localizado na Praça da República, no Centro, próximo ao local onde ocorreu a proclamação da República em 1889. A denominação Campo de Santana originou-se em 1753 da igreja ali construída, local de grande afluência de devotos.
Ela foi demolida em 1854 para dar lugar à primeira estação ferroviária urbana do Brasil, a Estação Dom Pedro II. Em 1941, no lugar da antiga estação, foi inaugurada a atual Estação Central do Brasil.
Dizem que no período colonial, muitos nobres acertavam suas diferenças naquele local. Repleto de lendas e mistérios, entre todas, se destacam os fantasmas que são vistos às madrugadas em duelos.
Central do Brasil
Há uma história curiosa e assustadora envolvendo o retorno dos trens para central nas madrugadas cariocas. Notoriamente, o fluxo de passageiros no desembarque das estações não corresponde ao número que embarcam.
Alguns funcionários no ponto final contam que, há alguns anos atrás, um dos trens que voltava não parou em estação alguma, contudo, após chegar à Central do Brasil, desembarcaram pessoas usando trajes dos anos vinte. Ninguém ficou ali para conferir os bilhetes.
Leia também Os destinos turísticos mais assustadores do mundo
Destaque também para o público infantil na Bienal do Rio
A Bienal 2019 acontece no Riocentro, entre os dias 30 de agosto e 8 de setembro. Uma das atrações desse ano, será o pavilhão infantil. Ele ocupará uma área de mais de 10 mil m². No local, estarão reunidas as editoras de livros infantis.
O espaço terá fraldário, área de alimentação especialmente focada nesse público e o maior espaço de programação cultural da Bienal com 500 m².