Segundo estudo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realizado em 2017, a cada R$ 1 investido em unidades de conservação (UCs), R$ 7 retornam para a economia nacional.
De acordo com o levantamento, a procura de visitantes por UCs gerou um total de R$ 905 milhões em impostos. E aproximadamente R$ 2,2 bilhões em renda às comunidades de acesso às UCs.
O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, avaliou que os dados reforçam o poder destas áreas de contribuir para a ampliação do mercado de viagens. Ele ressaltou também sua importância para o desenvolvimento do país como um todo.
“O aproveitamento destas unidades é importante para as pessoas que vivem nas proximidades destes espaços. Mas também para a imagem do Brasil como um país que aproveita o seu potencial natural. Isso gera riquezas e empregos, além de ajudar a preservação desses espaços naturais”, enfatizou.
As UCS brasileiras, que incluem parques nacionais, registraram um total de 10,7 milhões de visitantes. O número é 20% maior que no ano anterior. Conforme o ICMBio, as unidades que monitoram a frequência de público também aumentaram de 62 para 102.
O estudo do Instituto aponta ainda que a procura por locais de preservação gerou R$ 3,1 bilhões em valor agregado ao PIB e R$ 8,6 bilhões em vendas. Os números envolvem ramos como alimentação e hospedagem.
Parcerias com iniciativa privada devem aumentar os números
O coordenador substituto de Concessões e Negócios do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Thiago Beraldo, ressalta que parcerias com a iniciativa privada para a instalação de serviços de apoio à visitação em UCs vão dinamizar benefícios no segmento.
“A concessão de serviços ordena a visitação e ajuda na conservação. A gente está mostrando que é possível ter turismo e conservação juntos. Além de gerar emprego e renda nas comunidades do entorno das UCs”, explica.
Inicialmente, o ICMBio planeja conceder serviços em sete parques nacionais. As unidades do Pau Brasil (BA) e da Chapada dos Veadeiros (GO) tiveram contratos de exploração assinados neste ano. A do Itatiaia (RJ/MG) segue sob licitação.
O próximo edital a ser publicado será o do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA). Outras quatro UCs já operam sob o regime no país: Foz do Iguaçu (PR), Tijuca e Serra dos Órgãos (RJ) e Fernando de Noronha (PE).
