O Airbnb anunciou recentemente a estimativa do impacto econômico direto gerado pela empresa e sua comunidade de anfitriões e hóspedes no Brasil em 2018: mais de R$ 7,7 bilhões. O valor é 92% a mais do que em 2017.
O impacto econômico direto estimado é calculado a partir da soma da renda total recebida pelos anfitriões com o gasto total dos hóspedes no país.
Essas informações fazem parte de um estudo do Airbnb realizado em janeiro deste ano. Ele inclui a análise de dados da companhia sobre o impacto econômico na renda dos anfitriões.
O estudo também levou em conta as respostas de entrevistas realizadas com anfitriões e hóspedes. Trinta países foram pesquisados. Juntos, eles foram responsáveis por um impacto econômico direto estimado do Airbnb em mais de US$ 100 bilhões em 2018.
Renda extra
Além de calcular o impacto econômico, o Airbnb realizou entrevistas com anfitriões e hóspedes. O objetivo foi mapear fatores de crescimento da atividade de aluguel por temporada no mundo.
Para os 5.912 anfitriões entrevistados no Brasil, a renda extra é o principal motivo citado para alugar a casa (76% das menções); seguido pela utilização de um espaço livre ou ocioso (36%); a vontade de alugar depois da experiência de ser hóspede (17%); o orgulho de mostrar sua comunidade (16%) e conhecer novas pessoas (16%).
As respostas também revelam que a renda extra ajuda os anfitriões a continuar a morar em suas casas (69%). E é utilizada para deixar as contas em dia por 55% deles. O valor gerado pelo Airbnb representa 23% da renda familiar dos anfitriões brasileiros.
A locação por temporada também beneficia o pequeno comércio dos bairros onde estão os hóspedes – muitas vezes, localizados fora dos centros turísticos tradicionais.
Os 1.196 hóspedes entrevistados – que viajaram pelo país no mínimo uma vez em 2018 (brasileiros ou estrangeiros) – tiveram um gasto médio diário de R$ 449 ao dia. Cerca de 48% dos gastos em compras aconteceu no próprio bairro onde estavam situados.
Os anfitriões também ajudam a impactar o comércio dos bairros: 90% deles passam recomendações de onde comer, comprar, passear. Os restaurantes e mercados respondem por 41% das recomendações. Seguidos por compras e atividades de lazer e cultura, ambos com 19%; e transporte, com 15%. Outras recomendações somam 6%.
São Paulo teve maior impacto econômico
A cidade de São Paulo, tida como ponto de partida dos viajantes, está se consolidando como destino importante para os usuários da plataforma. No levantamento, o impacto econômico direto estimado passou dos R$ 788 milhões. Um crescimento de 57% comparando com 2017.
Um dos fatores do impacto é o aumento de chegadas de hóspedes na cidade: passou de 205,6 mil em 2017 para 356,5 mil chegadas – um crescimento de 73%.
Outra razão do impacto é a forma como o hóspede gasta na cidade em que se hospeda. Na capital paulistana, 48% dos gastos dos entrevistados ocorreu no bairro onde se hospedaram.
O gasto médio diário foi de R$ 372 e 100% dos hóspedes entrevistados disseram que o principal fator de decisão de alugar um apartamento pelo Airbnb é a economia de dinheiro.
O valor economizado, segundo eles, é gasto em comida e compras. Os gastos na cidade se dividem em compras (36%); alimentação e supermercado (29%); transportes (15%) e cultura e lazer (17%).