Manoel Linhares, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, esteve no dia 29 de novembro em Brasília, com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Na ocasião, também parabenizou pessoalmente o já confirmado futuro ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio. Ele é deputado eleito pelo Partido Social Liberal (PSL) de Minas Gerais. Na pauta, foram discutidas as sugestões apresentadas pela indústria nacional do turismo para alavancar o setor no país.
Linhares defendeu em seu discurso no encontro com o presidente eleito Jair Bolsonaro a reformulação da Lei Geral do Turismo. Além da regulamentação a nível federal e municipal das plataformas de vendas de room nights em unidades imobiliárias residenciais. “Outra importante questão que estamos colocando já há algum tempo, é relacionada à revisão da cobrança de Ecad. Ele ainda é cobrado nas áreas comuns e nos apartamentos dos empreendimentos hoteleiros”, explicou Linhares. Ele também comemorou a continuidade do Ministério. Além de ter parabenizado o presidente eleito Jair Bolsonaro por não ter concretizado a fusão da pasta com outro Ministério.
Linhares alertou para a necessidade de expandir o turismo no país
No encontro, Linhares ainda pode alertar aos futuros presidente e ministro sobre outras questões importantes que podem ajudar o turismo a ser mais relevante na economia brasileira. Ele ofereceu sugestões que podem ajudar o país a desenvolver todo seu potencial na área. Segundo ele, o setor pode ser um grande gerador de emprego e renda para a população. “Para atrairmos mais turistas é preciso pensar também no acesso ao país. Precisamos de uma malha aérea mais equilibrada e com políticas de preços justos. Além da flexibilização dos vistos e a continuidade do programa de Vistos Eletrônicos, principalmente com a China”, explicou o presidente da ABIH Nacional.
Segundo Linhares, um estudo realizado pelo The World Travel & Tourism Council (WTTC), fórum global do setor, aponta que 1,3 bilhão de pessoas viajaram pelo mundo. E apenas 6,58 milhões, menos de 0,5%, escolheram o Brasil como destino. “Para se ter uma ideia, hoje investimos apenas US$ 16 milhões na divulgação de nossos destinos mundo afora. Muito menos que México (US$ 490 milhões), Colômbia (US$ 100 milhões) e Equador (US$ 90 milhões). Essa é uma das razões que estamos recebendo apenas 500 mil turistas estrangeiros a mais do que recebíamos em 2013”, completou.
