A Embratur lançou a nova marca Brasil que irá ilustrar as campanhas de divulgação do país como destino turístico pelo mundo, inspirada na bandeira nacional e com o slogan: visite e nos ame.
Após sua apresentação, uma onda de polêmicas e debates ofuscou o fato principal, que temos a obrigação de destacar: a nova marca foi criada pelos técnicos do instituto e que não gerou nenhum custo para os cofres públicos.
A iniciativa não deveria surpreender, já que o governo Bolsonaro foi eleito sob uma plataforma de austeridade. A ação de acionar os profissionais do governo para criar a nova marca Brasil parece natural.
A nova marca teve, entre seus objetivos principais, gerar menos despesas para a Embratur. Essa verba pode ser realocada em outras áreas de apoio ao turismo. E está em consonância com a agenda que vem sendo implementada pelo atual presidente cujo principal foco tem sido controlar as despesas do governo.
Polêmicas à parte, sem dúvida, é fundamental ter uma boa marca e slogans certeiros. É preciso atrair a atenção dos turistas para nosso país. Mas o setor de turismo precisa muito mais do que isso.
É urgente que se cumpram os quesitos necessários para atrair mais visitantes para o Brasil. Para isso, é urgente que sejam resolvidos os gargalos que diversas lideranças do setor de turismo e hotelaria já apontaram. Eles que impendem a expansão de seus índices como deveria ser num país como o nosso, cheio de potencial, com enorme diversidade de atrações turísticas.
O que de fato presenciamos nesses quase sete meses de governo foi a consolidação de pleitos de décadas. Entre eles, a abertura do capital aéreo e a liberação de vistos para americanos, japoneses, australianos e canadenses.
Nesse período, aconteceu também a primeira reunião de um presidente da República com as entidades do trade de turismo. Isso evidencia o comprometimento federal com o setor.
Não é hora para dissidências. Estamos quase entrando nos eixos. Precisamos concentrar nossas forças no que realmente interessa para a indústria nacional do turismo.
O foco deve ser, principalmente, a desburocratização, a redução da carga tributária e a atualização da Lei Geral do Turismo. Além a regulamentação das plataformas on-line de vendas de hospedagem em residências.
Outras questões importantes são: a suspensão da cobrança do Ecad nos apartamentos de hotéis e meios de hospedagem. Além da regulamentação dos cassinos e a liberação de vistos para a China e para Índia.
É fundamental também a consolidação da infraestrutura e dos serviços necessários para de fato tornar o Brasil um destino único e desejável. Não só para os turistas internacionais mas, principalmente, para o cidadão brasileiro.