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Painel com representantes de instituições financeiras debate os investimentos no setor de hotelaria

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No encerramento das atividades do Conotel 2021, uma mesa redonda – que teve como tema “A hotelaria e as possíveis oportunidades de investimento” – reuniu vários representantes de instituições financeiras como: Pedro Bruno, superintendente de Governo e Relacionamento Institucional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bruno Pena, diretor de planejamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Alberto Martinhago Vieira, superintendente de Pessoa Jurídica do Banco do Brasil (BB), Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos, e Pedro Cypriano, sócio-diretor do Hotelinvest. O debate teve a mediação de José Odécio Rodrigues Jr., diretor financeiro da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional).

Segundo o representante do BNDES, o banco apoia 55 projetos relacionados ao turismo de natureza, incluindo parques nacionais, além de financiar outras iniciativas do setor de turismo. Pedro Bruno revelou que uma pesquisa mostrou que 20% das pessoas que pretendem viajar estão procurando destinos ao ar livre e destacou que hoje o banco participa de 43 unidades de conservação e vários projetos ESG, ligados à energia renovável.

“Essa é uma tendência importante. O BNDES estruturou um programa de concessão de unidades de conservação para atrair novos investidores que se baseia na necessidade de preservação ambiental, no fomento ao turismo responsável e geração de renda, e em ações relacionadas ao turismo regional”, explicou o superintendente do BNDES, Pedro Bruno.

Alberto Martinhago Vieira, superintendente do Banco do Brasil, em sua intervenção destacou com o setor de serviços foi o mais impactado pelos efeitos da pandemia, mas ressaltou que está confiante que o ano de 2022 marcará a recuperação total do mercado, principalmente no segmento de viagens de lazer. “O Banco do Brasil é uma das instituições financeiras que possui várias linhas de financiamento para manutenção dos estabelecimentos que são muito atrativas”, afirmou Martinhado.

Complementando a fala do representante do Banco do Brasil, Bruno Pena, diretor de planejamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), lembrou dos recursos do Fungetur que inicialmente chegam a R$ 500 milhões, estão disponíveis. “O momento é de recuperação, mas temos uma avaliação positiva do mercado. E essa modalidade também disponível para instituições financeiras pode ser bem interessante no momento”, destacou.

Em sua intervenção, Pedro Cypriano, sócio-diretor do Hotelinvest, avaliou positivamente o momento, ressaltando o aumento gradual na ocupação e nas diárias médias. Ele destacou o crescimento recente do turismo corporativo em diversos estados, com a ocupação média chegando a 50% em 21 destinos. “Nossa expectativa é 2022 seja portanto um ano histórico para o setor de hotelaria. Há muitos investimentos sendo feitos e tudo indica que teremos, no ano que vem, números superiores aos de antes da pandemia”, afirmou.

Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos, endossou a palavra dos outros participantes, afirmando que 2022 deve atingir índices bastante altos, mas ressaltou que a recuperação total ainda deve levar mais tempo. “O setor de serviço foi o principal responsável pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), mas acredito que o retorno aos números de antes da pandemia só deve acontecer no final de 2023”, afirmou. Margato destacou ainda que o país tem muita capacidade de atrair investimentos estrangeiros a médio e longo prazos, o que pode contribuir para acelerar a recuperação econômica.

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