Responsáveis pela maior parte da geração de empregos formais no Brasil, as micro e pequenas empresas (MPEs) estão sofrendo um grande impacto com a pandemia do Coronavírus.
Em pesquisa da Vhsys, startup de gestão empresarial, 78% dos pequenos negócios estimam uma baixa superior a 30% no faturamento nos próximos 3 meses. É o período que a maioria dos entrevistados (69%) acredita que durará a crise. A pesquisa foi realizada duas semanas após o início da quarentena. Foram consultados cerca de 10 mil empresários brasileiros.
Ainda segundo o estudo, algumas medidas se destacam entre as adotadas pelas MPEs para equilibrar as contas. Entre elas, estão o corte de gastos, o investimento em vendas on-line, o regime de teletrabalho/home office e até o fechamento temporário dos negócios.
Pensando na sobrevivência e sustentabilidade das MPEs, o programa Empreender, da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, criou uma campanha com destaque para os dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Eles envolvem a segurança dos empresários e dos empregados em tempos de Covid-19. A ideia foi reunir alternativas que podem ser adotadas em meio à crise e em tempos de quarentena e isolamento.
O programa é um exemplo de como a união dos empresários pode combater a mortalidade MPEs no país. A proposta é transformar concorrentes em parceiros na hora de qualificar colaboradores, investir em tecnologias ou mesmo contratar fornecedores, para reduzir custos e melhorar a competitividade.
“Neste momento de calamidade pública, o associativismo é um grande aliado dos empresários. Eles encontram uns nos outros incentivo para não desistir”, reforça o coordenador executivo da CACB e do Empreender, Carlos Rezende.
A CACB, que aposta no associativismo e executa o Empreender há mais de 20 anos no Brasil, está ao lado dos empresários para enfrentar os desafios decorrentes da pandemia que o mundo vive em 2020.
“O momento exige reinvenção, criatividade e pensamento conjunto. É preciso repensar formas de negociar e comercializar”, defende o vice-presidente da micro e pequena empresa da entidade, Luiz Carlos Furtado Neves.
Ele também aponta como a união com outras empresas incentiva a trocar ideias. E, consequentemente, pode ajudar na busca por maneiras criativas de superar a crise.
“As associações comerciais promovem os ambientes ideais para isto por meio dos núcleos setoriais do Programa Empreender, reuniões de diretoria e ações específicas. Além da construção de uma poderosa rede de relacionamentos, o associativismo pode colaborar diretamente para amenizar os efeitos da crise econômica por meio da parceria entre empresários”, conclui.