Não é novidade dizer que os setores mais afetados pelo coronavírus são aqueles que dependem da presença física do cliente, como restaurantes, lanchonetes e salões de beleza. Entretanto, a pandemia nos obrigou a despertar um novo olhar sobre esses negócios. Serviços de delivery ou vendas on-line podem ser alternativas para essas empresas sobreviverem a esse momento.
Os dados só comprovam o que já sabemos: o cenário atual não parece promissor. Segundo pesquisa feita pelo Sebrae, 89% das micro e pequenas empresas brasileiras já observam uma queda no seu faturamento.
O estudo foi realizado com mais de 9 mil donos de pequenos negócios e mostrou que, na média, a redução no faturamento das empresas foi de 69%.
E para que esses índices não piorem ainda mais, é preciso ter cautela. É provável que tenhamos uma redução na receita da maior parte das empresas por alguns meses.
É difícil prever o que as organizações farão para sobreviverem à crise, mas a intensidade e a duração da quarentena, bem como as ações para a retomada após o fim da epidemia, vão ditar os próximos passos do empresariado.
E, por esse motivo, além de se reinventarem e encontrarem outros caminhos, alguns aspectos relacionados à estratégia passam a ser fundamentais nesse momento. Agora mais do que nunca, os negócios precisam investir em gestão financeira para sobreviverem.
Mapear todos os custos e entender o que é fixo e o que é variável. É importante renegociar contratos e postergar pagamentos quando for possível. Manter o crédito na praça também é fundamental. É a hora de entrar em contato com os credores, propor alternativas e negociar.
Diante disso, o que podemos fazer agora para nos organizarmos? Na minha visão, uma opção bastante viável é reduzir ou cortar gastos: a crise é sempre uma boa hora para rever despesas desnecessárias e negociar contratos com fornecedores e parceiros. Algumas empresas para sobreviverem também podem buscar novas fontes de receitas.
O Brasil respondeu rápido à pandemia com medidas bastante contundentes. E se essas providências forem implementadas com agilidade, os impactos serão menores, e teremos mais empresas atravessando esse momento de dificuldade.
No entanto, quando confinamento for reduzido ou encerrado, alguns setores terão uma retomada mais rápida, enquanto outros precisarão de mais meses para se recuperar.
Acredito que o consumidor precisará de mais tempo para recuperar a confiança. Um dos motivos para isso é a insegurança da sociedade com possíveis contaminações, que vai continuar afetando setores que dependem da presença física. Outra razão é a diminuição do poder de compra por conta da redução da atividade econômica.
As crises são sempre oportunidades para melhorar: as empresas precisam se reinventar e buscar mais produtividade e novas oportunidades. Embora o momento seja desafiador, é importante seguir em frente com os negócios. A Covid-19 vai passar e as empresas continuarão aqui para atender às demandas dos clientes.