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Quatro ilhas para conhecer em São Paulo

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Quem nunca pensou em fugir para uma ilha? Mais do que um pedaço de terra cercado de água por todos os lados, as ilhas ganharam outros significados no imaginário de muitas pessoas, como paraíso, santuário e locais ideais para aventuras, contemplação e reflexão sobre a exuberância da natureza.

O litoral paulista tem mais de 50 ilhas. Somente no arquipélago de Ilhabela, existem ilhas com mais de 40 praias e muitas cachoeiras. Cerca de 80% de seu território é coberto por vegetação de Mata Atlântica.

Uma sugestão é visitar os Parques Estaduais Ilha Anchieta, Ilha do Cardoso e Marinho Laje de Santos, gerenciados pela Fundação Florestal (FF).

Outra pedida é a Ilha das Couves, inserida na APA Marinha do Litoral Norte, que recentemente teve as regras para turismo redefinidas por Portaria Normativa.

Existem normas para visitação desses espaços protegidos. O respeito a elas é fundamental para garantir tanto a preservação dos locais quanto o sucesso do passeio.

Não é permitida a entrada de animais domésticos. É proibido também fazer fogueiras, churrasco, queima de fogos ou qualquer ato que possa provocar incêndio no interior da Unidade de Conservação.

É proibido também retirar espécies vegetais, animais ou qualquer outro item da natureza. Apenas os resíduos gerados devem ser coletados e levados de volta para o continente para descarte adequado.

Para saber mais sobre outras Unidades de Conservação, acesse o site Guia de Áreas Protegidas. Pronto para embarcar? Escolha uma das ilhas e boa aventura.

Ilha Anchieta

O litoral paulista tem mais de 50 ilhas. Somente no arquipélago de Ilhabela, existem ilhas com mais de 40 praias e muitas cachoeiras.

O Parque Estadual Ilha Anchieta (PEIA) protege a segunda maior ilha do Litoral Norte do estado de São Paulo. São 17 quilômetros de costões rochosos e sete praias de águas cristalinas que contrastam com o verde da Mata Atlântica.

Criado em 1977, o PEIA tem como objetivos a proteção e conservação dos ecossistemas naturais, o desenvolvimento de pesquisas científicas e a realização de atividades de educação ambiental e de recreação em contato com a natureza.

O PEIA também preserva as ruínas do antigo presídio que funcionou na ilha até 1955. Lá está registrada uma das piores rebeliões da história do sistema carcerário. O conflito ocorreu em 20 de junho de 1952 e foi um dos principais motivos para a prisão ser desativada.

Os visitantes podem usufruir de caminhadas ecológicas, mergulhar em águas claras, explorar um rico patrimônio histórico cultural ou apenas contemplar a paisagem exuberante.

Os principais ecossistemas do parque são o marinho, a floresta ombrófila densa, a restinga e a vegetação de costões rochosos, típicos do bioma Mata Atlântica.

Há diversas espécies de aves, répteis e anfíbios. São sabiás, juritis, macacos, tartarugas, garoupas, lagartos e quatis. Há também animais marinhos, como as estrelas-do-mar, algas e peixes.

Ilha do Cardoso

O litoral paulista tem mais de 50 ilhas. Somente no arquipélago de Ilhabela, existem ilhas com mais de 40 praias e muitas cachoeiras.

O Parque Estadual da Ilha do Cardoso (PEIC) está localizado no município de Cananeia, extremo sul do Estado. A Unidade de Conservação integra a maior área contínua de Floresta Atlântica do Brasil.

Ela está inserida no Complexo Estuarino-Lagunar de Iguape, Cananeia e Paranaguá, considerado pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) como o terceiro estuário do mundo em termos de produtividade primária e um dos mais bem preservados, o que lhe confere prioridade na conservação.

A região ainda é reconhecida como Sítio do Patrimônio Mundial Natural (UNESCO, 1999) e Zona Núcleo da Reserva da Biosfera (UNESCO, 2005). O PEIC integra ainda a área tombada da Serra do Mar e de Paranapiacaba.

A Ilha do Cardoso abriga diversos ambientes: costões rochosos, praias, braços de mar, estuários, barras, lagunas, restingas, manguezais, rios, planície litorânea, ilhas e montanhas cobertas por florestas. Constitui um conjunto de ecossistemas, onde já foram catalogadas 986 espécies de vegetais. O destaque são os 147 tipos de orquídeas e 41 de bromélias.

Lá também ha diversos animais ameaçados de extinção. Entre eles o papagaio-de-cara-roxa, jacaré-de-papo-amarelo, o bugio, o veado-mateiro, a lontra, o queixada, a araponga, o guará-vermelho entre outros.

No parque residem sete comunidades tradicionais caiçaras, que tem o Turismo de Base Comunitária e a Pesca Artesanal como as principais fontes de renda, bem como uma comunidade indígena.

Também são encontrados numerosos sambaquis (sítios arqueológicos), ruínas da ocupação humana a partir do período colonial e um marco de posse da coroa portuguesa, que também garantem grande importância histórica ao Parque.

O PE da Ilha do Cardoso possui 49 embarcações credenciadas, responsáveis pela travessia da Ilha de Cananeia até o parque, principalmente até a Praia do Itacuruçá/Pereirinha, no Núcleo Perequê, local de maior fluxo de visitação da Unidade.

A Praia do Itacuruçá/Pereirinha tem limite de visitação pública de mil pessoas por dia. Os interessados em conhecer a Unidade de Conservação devem procurar a Associação de Monitores Ambientais de Cananeia (Amoamca). Importante levar calçado fechado, protetor solar e repelente.

Parque Estadual Marinho Laje de Santos

Criado em 1993, o Parque Estadual Marinho Laje de Santos é único parque marinho do estado e uma das principais ilhas para mergulho e fotografia submarina do país.

Ele foi criado com o objetivo de assegurar a proteção integral dos ecossistemas marinhos. Está distante 22 milhas náuticas da costa (42 quilômetros) e inclui a Laje de Santos, parcéis e os rochedos conhecidos como Calhaus, totalizando 5.000 hectares de área preservada.

A Laje possui 33 metros de altitude, 550 metros de comprimento e 185 metros de largura máxima. Seu formato, que lembra uma baleia, praticamente não possui vegetação e abriga uma grande quantidade de aves marinhas, como atobá marrom e trinta-réis, os quais utilizam o local como área de reprodução e descanso.

Várias dessas aves estão na listagem de fauna brasileira ameaçada de extinção. Peixes de passagem, como barracudas, também podem ser observados com frequência.

O parque faz parte da rota de várias espécies migratórias e é uma importante área de alimentação. Muitas delas são protegidas por convenções internacionais, como as baleias-de-bryde, as raias-manta e as tartarugas marinhas.

Ilha das Couves

Embora as ilhas ao longo da costa brasileira estejam sob domínio da União, a Ilha das Couves, com área de 582 m², está inserida na Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Norte, sob gestão da Fundação Florestal.

É um dos passeios mais procurados pelos turistas no Litoral Norte. Para regular o número de turistas, a Fundação Florestal publicou em dezembro de 2019 uma Portaria Normativa que dispõe sobre a capacidade de turistas na Ilha das Couves.

O documento estabelece que a área só poderá receber 177 pessoas simultaneamente, número bem inferior aos estimados dois mil visitantes contabilizados em outras ocasiões.

A Ilha das Couves oferece duas praias aos visitantes passarem o dia. A Praia Menor, com água em tom de verde esmeralda, forma uma grande piscina para mergulho. Já na Praia Maior, também chamada de Prainha das Couves ou Praia de Dentro, a água ganha tons entre verde e azul, e o visual é surpreendente.

Esta última é a principal praia da Ilha das Couves, a que oferece maior faixa de areia. O acesso se dá por uma curta trilha de apenas cinco minutos a partir da Praia Menor.

O passeio até a Ilha das Couves é feito em lanchas e barcos que partem de diversas praias de Ubatuba, sendo que a principal rota é a partir da Praia de Picinguaba. O tempo da viagem é de apenas quinze minutos.

A visitação é organizada pelos operadores: Comunidade de Picinguaba, Comunidade da Almada, do Estaleiro e Ubatumirim em três turnos, manhã 8h às 11h, almoço 11 às 14h e tarde, das 14h às 17h, respeitando o número de 177 visitantes por período.

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