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Revitalização da Cidade do México será modelo para a transformação do hipercentro de Belo Horizonte

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Poder público, entidades empresariais, representantes dos poderes judiciário e legislativo e empresários se reuniram recentemente para traçar estratégias da missão que irá conhecer as boas práticas do programa de revitalização que transformou a Cidade do México.

Idealizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o objetivo é conhecer in loco a revitalização que tornou um espaço decadente em um local seguro e atrativo para empresas e moradores. A missão, que será realizada em novembro, já conta com 20 participantes do poder público e da sociedade civil.

Para o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, o propósito da missão é conhecer de perto as boas práticas implantadas na capital mexicana. E adaptá-las à realidade do hipercentro de Belo Horizonte. “Vamos entender e estudar as estratégias e ações implementadas. Elas conseguiram transformar uma região, que estava esvaziada, em um espaço vivo, revitalizado e atraente para a economia e a sociedade”, explicou.

Outro grande incentivador da missão é o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Raphael Rocha Lafetá. Ele explica a importância de atrair as pessoas para a ocupação dos espaços urbanos. “Restaurar prédios e edifícios para moradias é uma grande oportunidade para Belo Horizonte. A Cidade do México fez um excelente trabalho neste sentido e podemos ver de perto este resultado”, afirmou.

Para o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, que confirmou presença na missão do mês de novembro, a capital mineira ainda precisa avançar em alguns pontos. Para ele, é preciso unir esforços para buscar as soluções. “Estamos preparados para assumir desafios e vamos fazer o que for preciso para melhorar a vida das pessoas que moram e visitam Belo Horizonte. Não podemos ficar para trás”, explicou. O gestor municipal destacou que a solução de alguns problemas podem vir de bons exemplos. “Assim como podemos exportar nossas boas referências, como é o caso das UMEis, as unidades de educação infantil, podemos colher bons frutos com a realidade mexicana”, acrescentou.

A missão terá curadoria do jornalista e pesquisador de arquitetura e urbanismo, Raul Juste Lores. Para ele, a ideia é promover conversas francas com os protagonistas das transformações, visitas in loco e interação entre pessoas que possam trazer iniciativas e decisões na bagagem. “A Cidade do México pode inspirar políticos, empresários e interessados na recuperação do Centro porque conseguiu fazer o que nós tentamos sem sucesso, há décadas. Com mazelas parecidas às nossas e algumas que nem imaginamos. De cartéis a terremotos, da preservação de prédios com quinhentos anos à erosão constante, temos muito a aprender para replicar em nossa cidade”, reflete.

A história por trás da revitalização da Cidade do México

A revitalização do Centro Histórico da capital mexicana começou a tomar força em agosto de 2001. Nessa época, o governo federal, a prefeitura da cidade, grandes empresários e representantes da sociedade civil se uniram para estabelecer um programa de revitalização da região. O objetivo era resgatar a beleza do Centro Histórico e transformá-lo em um local vivo, seguro e revitalizado.

Após a criação de uma fundação para o Centro Histórico da região, foram feitas obras de reforma de calçadas e ruas, instalação de novo mobiliário urbano, luminárias, lixeiras, dentre outros. O governo ofereceu programas de incentivo à moradia no Centro que resultaram em um grande número de novos moradores. Além de incentivos fiscais para empresas públicas e privadas que atraíram negócios e investimentos.

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